Quantcast
Channel: Startupi
Viewing all 15477 articles
Browse latest View live

O homem à frente da onda dos MOOCs no Brasil

0
0

1294933659_57c61ed820_o

A educação a distância está deixando de ser um patinho feio para se tornar sexy aos empreendedores e, nesta onda, vêm os MOOCs (da sigla em inglês, cursos online abertos e massivos). Nos Estados Unidos, o New York Times publicou uma matéria em novembro do ano passado intitulada “O ano do MOOC”, que fala sobre o crescimento rápido do serviço por lá com iniciativas como o Coursera, o Udacity e o edX (todos associados a nomes de grandes universidades). Por aqui, a tendência também está chegando e tem como um de seus líderes o professor e pesquisador João Mattar. “Não havia experiências com MOOCs em língua portuguesa”, contou João, em uma conversa por e-mail. Segundo ele, o nosso país precisa de modelos alternativos na educação à distância. Leia a íntegra da entrevista que fiz com o professor: Você está à frente da chegada ao Brasil dos MOOCs, que estão bombando lá fora. Você acha que esse modelo funcionará bem no Brasil? Por que você acha que esse modelo pode melhorar a educação à distância? Estou à frente porque não havia experiências com MOOCs em língua portuguesa, então coordenei o MOOC EaD  no ano passado, junto com o professor Paulo Simões, e neste ano estou coordenando o MOOC LP (Língua Portuguesa) que está sendo realizado no Redu [acesse a página para matrículas]. É preciso entender que já existem duas gerações de MOOCs: os que começaram com os conectivistas (desde 2009), que procuram realizar experiências pedagógicas com números elevados de alunos, testando novos modelos de interação e colaboração; e os que se desenvolveram no ano passado, em muitos casos com fins lucrativos, cujo interesse principal não é a interação e a colaboração, mas o ensino online em massa. Não há motivos por que os MOOCs não funcionariam no Brasil, por isso mesmo estamos pilotando essas experiências iniciais. MOOCs são modelos para se fazer EaD em larga escala. Em um país com as dimensões do Brasil, precisamos de modelos alternativos aos de PDF e múltipla escolha para a educação a distância. O que você está achando do desempenho dos MOOCs lá fora? Foi uma explosão, principalmente nos Estados Unidos. Mas as empresas ainda estão testando modelos de negócios e a evasão é muito grande --boa parte dos alunos se matricula mas não faz ou finaliza os cursos. Essas questões precisarão ser enfrentadas. Qualquer assunto pode ser ensinado num MOOC ou existe algum assunto que funcione melhor com o formato? Como no caso da EaD, em princípio qualquer assunto. É claro que há cursos que exigem momentos presenciais, de contato cara a cara, em laboratórios, de prática, etc. É possível substituir essas situações, ao menos parcialmente, por atividades online, mas um curso online não precisa ser apenas online - ele pode propor, também, esse tipo de atividades fora do ambiente virtual de aprendizagem, com o posterior retorno dos alunos para a plataforma, para avaliar e discutir essas experiências. Você também está envolvido na área de games. Como você acha que os games podem atuar na motivação da EAD? De que outras maneiras podemos usar os games na EAD? Tenho um livro publicado pela editora Pearson, "Games em Educação: como os nativos digitais aprendem", que procura responder a essas perguntas. Games são motivadores por natureza, por suas características lúdicas, interativas e colaborativas. Eles podem ser usados como atividades em cursos, mas há até experiências em que o currículo de uma disciplina é um game, ou seja, nesses casos ele é utilizado como o próprio ambiente de aprendizagem. Mas há desafios, como a formação dos professores para esses objetivos, a vinculação dos games aos objetivos da aprendizagem e ao currículo, infraestrutura e custo de produção, dentre outros. Foto: alternatePhotography/Flickr (Acesse o original)

Seed, venture, private: investimentos em participação cresceram 31% no Brasil

0
0

Foto: Tracy O/Flickr

Ontem, o presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap) Clovis Meurer declarou, durante o Congresso Abvcap em São Paulo, uma série de informações sobre  mercado brasileiro de participações. Conforme o administrador, economista e investidor (Meurer também é diretor da CRP), dados da base ABVCAP Data indicam que R$ 83 bilhões foram comprometidos (contando ainda valores reservados para alocação, que ainda não entraram nas empresas). Em 2011, o valor tinha alcançado R$ 64 bilhões. O aumento foi de 31%, e, conforme a Abvcap, nos últimos anos vem sendo entre 20% e 30%. Vale notar que em 2011, 54% do valor investido tinha origem estrangeira, mas em 2012 51% já tinha origem no Brasil. No último ano, aumentou o número de investimentos feitos por fundos de pensão nacionais (de 12% para 16% do total do bolo), por outros investidores institucionais nacionais (de 9% para 12%), mas a maior parte, 27%, ainda é oriunda de investidores institucionais internacionais e outros investidores internacionais, com 20% (nesta categoria, estão incluídos os investidores de venture capital, que permanece representando apenas 3% dos investimentos). Já o valor de desinvestimentos (saídas, recuperação do investimento) chegou a R$ 6 bilhões (em 2011, tinha chegado a R$ 3,6 bilhões). Em 2011, a maior forma de saída foi via IPO (62%), mas em 2012 esta forma foi responsável por apenas 46% dos casos, enquanto aumentou de 7% para 24% a categoria "outros/não informado". Também caiu, de 29% para 18%, o número de saídas realizadas por meio de venda para investidores estratégicos. Veja as oscilações nos gráficos. Para Meurer, alguns dos motivos para o interesse dos investidores incluem a previsão de obras de infra-estrutura no país (que devem movimentar diversos setores), o crescimento da classe média (que conta com mais 35 milhões de brasileiros) e a baixa taxa de juros (que desestimula outros tipos de investimentos. A ascensão classe média foi n.otada no evento como uma grande oportunidade para o varejo, que, por sua vez, torna-se atraente para private equity (mais do que venture capital). Drew Guff, fundador e diretor da investidora de private equity Siguler Guff (tiva no Brasil desde 2005), falou sobre seu otimismo com relação ao nosso país - e fez comparações com a Rússia. "O nordeste do Brasil, por exemplo, está crescendo a taxas de 9% a 10% por ano, como na China, enquanto o resto do Brasil cresce a taxas em torno de 3%", reparou. Assista abaixo a uma entrevista que ele concedeu ao canal da Abvcap.

Tecnologias da Informação

Além de infra-estrutura e varejo, as discussões do evento (que prossegue no dia de hoje) também focam em TI. Cassio Dreyfuss, VP do Gartner no Brasil, introduziu um painel sobre este tema destacando que o futuro passa pela combinação entre tecnologias de informação, de consumo e operacionais. "O ano do Business Intelligence nunca veio, mas agora acontece um ajuste dinâmico e passamos a considerar o Big Data de forma estratégica. A nuvem é inevitável, trata-se de uma nova linha de partida para modelos de competitividade, é uma chance de iniciar de novo. E só a tecnologia permite que o empresário brasileiro vá competir na linha de frente junto com os demais", considerou. Laércio Cosentino, presidente da Totvs, participou do painel e salientou que muito se fala sobre mudança tecnológica mas pouco se fala sobre as transições das empresas no ambiente de negócios. "Hoje, por exemplo, muitas empresas tem tecnologia inferior à que os funcionários usam em casa. Outras características do trabalho também estão mudando", citou. Eduardo Góes, co-fundador e co-CEO da Rocket Internet na América Latina, falou que o comércio online ainda representa apenas 2% do varejo, mas deve chegar a 20%. Foto: Tracy O/Flickr

Iugu quer ser a “carteira móvel do brasileiro”

0
0

Iugu-Pastry-Tent-Street-Market-L

Fundada pelos empreendedores Patrick Negri e Marcelo Paez em Janeiro de 2012, a Iugu é uma empresa de tecnologia que quer melhorar a vida das pessoas. Hoje, a startup lança sua solução de pagamento para o varejo, incluindo um aplicativo para consumidores e um para pontos de venda (PDV), que juntos realizam transações de pagamento por meio de QR Codes. Para os empreendedores, o diferencial da plataforma está no pagamento pelo próprio aparelho do cliente. “Nós verificamos em pesquisas que os brasileiros tem medo de passar seus cartões ou informar os seus dados em aparelho de terceiros. Por isso, desenvolvemos uma solução em que tudo é feito no aparelho do cliente”, explica Negri, o CEO. Com base nisso, a empresa desenvolveu uma tecnologia onde os dados do cartão são criptografados e o vendedor não tem acesso a essas informações - ele apenas recebe uma chave de acesso que dará direito a receber o pagamento. Dessa forma, nem a startup tem acesso aos dados de compra do consumidor. Além disso, em caso de suspeita de fraudes, o sistema possui um mecanismo que permite travar o smartphone. Já para o vendedor, a vantagem está em não precisar comprar um adaptador para receber pagamentos, e em não se preocupar com a versão do smartphone do cliente (o sistema da Iugu foi desenvolvido para ser utilizado em Androids 2.3+ e iPhones). O pagamento com a plataforma funciona da seguinte forma: o consumidor, cadastra seus dados de cartões de crédito, que já ficam salvos no aplicativo carteira digital Iugu. Quando for efetuar uma venda, o lojista abre o aplicativo de Ponto de Venda e o consumidor se conecta a ele através de um código QR que fica disponível no estabelecimento. O vendedor entra com o valor da venda consumidor vai receber em seu aplicativo o valor e confirmar a compra. Como estratégia de entrada no mercado, a startup vai atender inicialmente taxistas, feirantes e profissionais liberais. O desafio para a empresa é a conexão 3G brasileira não funcionar da mesma forma que em outros países. “Tivemos que desenvolver o produto de forma que isso não atrapalhasse o desempenho nem prejudicasse as vendas”, posiciona Negri.

Collact quer fidelizar cliente com hub de promoções e prêmios

0
0

5684850240_f1bdd1a97d_b

Nova startup no mercado. Hoje, noticiamos a chegada ao mercado da Collact, especializada em criar programas de fidelidade para clientes por meio de aplicativos para smartphones --a companhia foi criada em fevereiro, mas anuncia seu lançamento nesta terça. Segundo comunicado divulgado, a startup é lançada com parceria e investimento da Pontomobi (do Grupo RBS*) e investimento dos anjos Marcelo Macedo (cofundador do ClickOn Brasil) e André Shinohara (cofundador do Submarino). A companhia quer que o seu aplicativo concentre, em um só lugar, todas as promoções e prêmios dos estabelecimentos cadastrados, evitando com que o cliente tenha que carregar vários cartões promocionais. A atuação inicial está prevista para estabelecimentos de São Paulo e o segundo semestre de 2013 deve trazer expansão para outras cidades do país, com prioridade para as capitais do Sul e do Sudeste. “É comum ir a um restaurante e receber cartões de fidelidade no estilo ‘Almoce dez vezes e ganhe um almoço grátis’. O prêmio costuma ser gratificante, mas o problema é carregá-los em sua carteira até o momento da troca”, diz o cofundador da empresa, Bernardo Brugnara, segundo comunicado divulgado. A ideia do aplicativo é mudar esta situação. O cliente que quiser usar o programa deve baixa-lo em seu smartphone e fazer um cadastro. Após consumidor um produto em estabelecimento cadastrado, deve apontar um QR Code para o leitor do próprio app para que a compra seja armazenada em Coleções. Esse procedimento gera o acúmulo de pontos e permite a criação de promoções. Para os estabelecimentos cadastrados, a Collact afirma que se “adequa” às características de cada negócio e se integra às redes sociais para que os clientes mencionem as empresas em seus perfis do Facebook e do Twitter. O comerciante paga mensalidade de R$ 149 para usar o serviço, com acesso a informações pessoais e comportamentais dos clientes. Além de Bernardo, Leonardo Criscio atua como cofundador do projeto. A fidelização de clientes com a ajuda de aplicativos não é novidade no mercado. Anteriormente, já falamos aqui da Guidu Card. Foto: Walmart Corporate/Flickr (Acesse o original aqui) *O e.Bricks Digital, também do Grupo RBS, faz parte da nova estratégia do Startupi. Saiba mais aqui

Editora e empresa portuguesa lançam marketplace cultural no Rio

0
0

4133942699_9392d5796f_b

A editora Esteio e a empresa portuguesa Bloomidea lançaram no Rio de Janeiro um marketplace que quer funcionar como vitrine da produção cultural independente brasileira, o Barato Cultural. Quem quiser pode se cadastrar e configurar a própria loja e os itens vendidos incluem itens de áreas como artesanato, livros, música, artes plásticas, fotografia e filmes. Quem quiser virar lojista virtual no Barato Cultural pode escolher entre dois planos: o básico (gratuito e permite cadastrar até dez produtos, mas precisa pagar 15% de comissão por venda) e o profissional (R$ 19,90 por ano, permite cadastrar até cem trabalhos e paga comissão de 10% por venda feita). Segundo comunicado divulgado, já são mais de 20 lojas montadas na plataforma. “Nosso propósito é transformar o site em uma grande vitrine para todos que vivem ou querem viver de sua própria arte e oferecer um espaço democrático e interativo para se conhecer, divulgar, vender e comprar produtos culturais”, explica Eduardo Ribeiro, um dos sócios do Barato Cultural, de acordo com o comunicado. Ao ver a ideia, não dá pra não lembrar do Elo7 e do próprio Etsy, duas startups que mantêm marketplace e também têm um foco no artesanato local. Foto: Governo de Minas Gerais/Flickr (acesse o original)

Papaya Ventures faz balanço de Angel Day: R$310 mil arrecadados

0
0

3231686155_6426aed70e_b

A Papaya Ventures, que mantém uma aceleradora no Rio de Janeiro, anunciou que atingiu 155% de sua meta de captação para o Angel Day, realizado no dia 26 de fevereiro. Foram arrecadados R$ 310 mil para que cada uma das startups aceleradas invista na aquisição de usuários. Segundo comunicado divulgado, o evento contou com a presença de 50 investidores e tinha o objetivo inicial de arrecadar R$ 200 mil. "Foi bem acima do que esperávamos e nos deixou muito felizes, pois significa uma comprovação do mercado de que estamos criando startups de qualidade", diz Daniel Pereira, cofundador da Papaya. Para ele, "o Angel Day marca o início da segunda parte do programa, quando as startups saem da fase de aprendizado qualitativo e iniciam a fase de aprendizado quantitativo, usando massa de usuários para aprender através de analytics e testes A/B". A primeira turma de startups da Papaya foi focada em mobile, com a presença de Boosk, Dujour, u.Sit e Buus. O Demo Day está marcado para junho, no Auditório do Centro Empresarial do Mourisco (Rio de Janeiro). A aceleradora foi uma das selecionadas para fazer parte do programa Start-Up Brasil e está com inscrições abertas para a segunda turma, que terá o tema “Mobile B2B”. Foto: cap./Flickr (Acesse o original)

O luxo quer ser acessível e sustentável

0
0

2389790649_fe5110054b_b

Enquanto muitos olham para a nova classe C, uma parcela das startups escolhe focar seus negócios no mercado de luxo brasileiro. É o caso da Dress & Go, serviço que possibilita o aluguel de vestidos para festa criados por grandes estilistas promovendo um consumo mais consciente das roupas. E, por consciente, quero dizer: deixar de pagar R$ 3 mil reais em um vestido de marca para uma festa específica, para alugar um por R$ 300 e devolver uns dias depois. Ontem, sentei para tomar um café com Barbara Almeida e Mariana Penazzo, as duas idealizadoras do projeto, cujo site foi lançado em fevereiro deste ano. O Dress & Go funciona assim: as clientes buscam os vestidos que querem na internet e eles são entregues em sua casa, mas se quiserem podem ir a um ateliê montado em São Paulo para conferir as mediadas. “No site, nós tomamos o cuidado de colocar todas as medidas certinho, mas a cliente pode vir experimentar”, explica Bárbara. Em média, o aluguel custa em torno de 20% do preço que a cliente pagaria para comprar o produto no varejo. Entre as marcas de vestido disponíveis estão Andre Lima, Reinaldo Lourenço, Carina Duek e Carlos Miele. “É tudo conversado com os estilistas. Nós compramos no atacado e queremos ter um bom relacionamento com eles”, afirma a sócia. Ela conta que o Dress & Go pretende funcionar como “porta de entrada” para muita gente que não conhecia alguns designers famosos. “Nós funcionamos como um test drive, então eles [os designers] aceitam bem a ideia.” Segundo a cofundadora, o serviço começou com 30 vestidos disponíveis e hoje já conta com 200. Estão disponíveis produtos de coleções atuais e antigas, com a diferença no preço nos que já não são mais tão novos. Bárbara afirma que os vestidos estão todos em ótimas condições e que a ideia é fazer com que cada aluguel seja o primeiro. A cliente não precisa lavar o produto depois de usar, já que a própria startup faz esse serviço. Todo o investimento inicial, para tirar a ideia do papel, veio das duas, que agora estão a procura de um novo sócio investidor, para escalar o negócio. “Queremos comprar mais vestidos e terminar o ano com 600”, afirma a cofundador do Dress & Go. É a primeira vez empreendendo de Bárbara, mas Mariana já está na área a mais tempo. As duas têm um background no sistema financeiro e Mariana foi a cofundadora de uma startup de doces caseiros. As duas se juntaram e começaram a frequentar eventos da Endeavor, para discutir ideias de um negócio próprio. Segundo Bárbara, a ideia surgiu quando Mariana veio a sua casa pegar um vestido emprestado. As duas sócias contam que um dos desafios envolvidos no negócio é mudar a imagem do setor de aluguel de vestidos, para conseguir levar o serviço ao mercado de luxo. “A nossa cliente não deixa de comprar. Ela sempre vai querer ter um vestido no guarda roupa, mas a gente possibilita que elas possam variam as opções nas festas”, completa Mariana. Foto: Kris Krug/Flickr (Acesse o original)

BR Malls vai criar parques temáticos de Angry Birds em 33 shopping centers

0
0

angry-birds-star-wars-final

Hoje de manhã, vi Peter Vesterbacka, diretor de marketing da empresa finlandesa Rovio Entertainment (criadora da marca Angry Birds, assinar um contrato com Ruy Makeyama, diretor de operações da rede BR Malls (que tem 51 shopping centers no Brasil e finaliza mais 3). O objeto do contrato é a instalação de "activity parks", parques temáticos com personagens de Angry Birds, que entre julho de 2013 e de 2014 passarão por 33 shopping centers brasileiros. Vocês também podem ver o momento da assinatura, no vídeo abaixo, em que os executivos comentam sobre suas empresas e a parceria. A marca Angry Birds tem 3 anos e já tem 1 bilhão e 700 milhões de jogos instalados em smarpthones e tablets mundo afora. É o maior fenômeno de entretenimento da história, tendo criado também sua própria série de desenhos animados e parques temáticos em diversos países, inclusive em parceria com a NASA nos Estados Unidos. Em 3 anos ;) De acordo com Peter, a marca faturou US$ 200 milhões no ano passado, e metade foi lucro. A Rovio foi fundada em 2003, tem mais de 600 funcionários e já recebeu investimentos da Atomico Ventures (e tem Niklas Zendstromm como conselheiro), da Accel Partners e da Felicis Ventures. Veja ainda: entrevista com Peter Vesterbacka sobre o ecossistema de startups na Finlândia e com o brasileiro Igor Buratini, que trabalha na sede da Rovio.

“Além de Angry Birds, Finlândia também originou Nokia, Linux e um ecossistema”

0
0

Peter+Vesterbacka+20th+Century+Fox+Rio+Announces+xD7UwrGHpisl

"Mighty Eagle, CMO" é como Peter Vesterbacka assina seu cartão de visita, em alusão a um dos personagens da meteórica marca Angry Birds, criada pela finlandesa Rovio Entertainment, onde ele trabalha como diretor de marketing. Em 3 anos desde sua criação, os personagens da marca geraram 1.7 bilhão de instalações de jogos em smartphones e tablets, diversos produtos licenciados, parques temáticos (33 serão implantados no Brasil, veja matéria), uma série de desenhos animados e 100 milhões de dólares de lucro só no ano passado. Na foto, ele comemora a parceria com o filme "Rio", da 20th Century Fox, ao lado do CEO da Rovio, Mikael Hed. Conversei com ele sobre o mercado de inovação, tecnologia e empreendedorismo na Finlândia, país europeu onde também foi criado o Linux e a Nokia. Assista ao vídeo da entrevista e, abaixo, mais um vídeo em que entrevistei o brasileiro Igor Buratini, que trabalha há um ano na sede da empresa. Mais abaixo, veja também slides sobre o mercado de games na Finlândia. Foto: Charley Gallay/Getty Images North America  

MercadoLibre Commerce Fund: US$ 10 milhões para financiar startups

0
0

mercadolivre

O MercadoLivre anunciou hoje a criação de um fundo para investir US$ 10 milhões no financiamento de startups que desenvolvam tecnologias a serem usadas na plataforma da companhia. O novo fundo foi batizado de MercadoLibre Commerce Fund. O dinheiro será destinado a projetos tecnológicos que envolvam as APIs da companhia e seu ecossistema, que inclui MercadoPago, MercadoShops, MercadoEnvios, MercadoLivre Advertising e o próprio MercadoLivre. Serão privilegiados negócios que estejam em etapa inicial, mas tenham perspectiva de crescimento.
“Sabemos da capacidade que a América Latina tem em termos de recursos e empreendimentos tecnológicos. Portanto queremos promover e impulsionar os desenvolvimentos para que eles contribuam para o crescimento da nossa plataforma e do comércio eletrônico da região”, disse Marcos Galperin, CEO do MercadoLivre, segundo comunicado divulgado.
O MercadoLivre foi criado em 1999 e oferece soluções na área de comércio eletrônico. A empresa afirma ter mais de 81 milhões de usuários cadastrados e está listada na Nasdaq –o IPO foi feito em 2007.

Inscrições até dia 22 para internacionalização via ApexBrasil e Anprotec

0
0

2617950042_d09f08ca29_b

Criar condições para internacionalizar empresas brasileiras inovadoras e contribuir para atrair empresas estrangeiras aos centros de inovação do país é o objetivo de projeto que a Associação Nacional de Entidades Promotras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) está desenvolvendo em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

O Sistema de Apoio à Internacionalização de Empreendimentos Inovadores deu o primeiro passo com uma chamada pública da Anprotec a seus associados no início de abril para selecionar instituições aptas a apoiar tanto empresas brasileiras que queiram se estabelecer no exterior quanto estrangeiras interessadas em se estabelecer por aqui. 

"O propósito desse projeto é criar uma rede de incubadoras de empresas e parques tecnológicos, brasileiros e estrangeiros, habilitados para prestar suporte à internacionalização de empresas inovadoras", destaca Francilene Procópio Garcia, presidente da Anprotec. Após a identificação dos membros do Sistema, será desenvolvida uma plataforma web para integração e fornecimento de informações sobre as instituições participantes.

Um encontro entre gestores de incubadoras e parques tecnológicos brasileiros e estrangeiros que farão parte do projeto já está marcado para o XXIII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e 30a. Conferência IASP 2013, evento que acontece em outubro, no Porto Digital, em Recife (PE).

Seleção

A partir da chamada, a Anprotec selecionará parques tecnológicos e incubadoras que mantenham programas estruturados de apoio à internacionalização de empresas inovadoras para integrarem o Sistema. As instituições interessadas devem preencher o Formulário de Inscrição (há um específico para incubadoras e outro para parques) até o próximo dia 22 de abril. A inscrição é gratuita.

Foto: Heaven's Gate/Flickr

EasyforPay: Mais uma startup quer ser sua carteira digital

0
0

897324588_166be7d0ea_b

Não está difícil ver que o mercado de pagamentos digitais está aquecido. Volta e meia cai na minha caixa de e-mails uma mensagem de uma nova startup que quer substituir a carteira do usuário pelo smartphone, mas será que o nosso mercado está preparado? E quem será que o consumidor vai determinar como líder do setor? A EasyforPay, que criou um aplicativo que permite pagamentos entre smartphones e tablets, quer se diferenciar ao reunir, em uma única plataforma, a carteira digital, o ponto de venda, o programa de fidelidade e funcionalidades extra como a criação de campanhas e ofertas. O programa não exige nenhum aparelho conectado ao smartphone para funcionar. Disponível para iOS e Android, a plataforma faz a leitura do cartão digital (criado por meio do app) por meio de QR Code e NFC, envia o recibo da transação por e-mail e permite o compartilhamento de compra nas redes sociais. Uma das coisas que me chamou atenção é que os sócios dizem que querem posicionar a EasyforPay como uma “solução para inclusão da população não bancarizada no sistema de pagamentos”, com o uso de cartões pré-pagos. Eles também querem ser uma solução de baixo custo para o varejo, que que as lojas podem aceitar pagamentos com o uso de um tablet. A EasyforPay foi criada por Marcelo de Sales (que tinha a startup de pagamentos Easyfor) e Jefferson de Sales (ex-Cielo e ex-Redecard). Foto: Patrick Haney/Flickr (Acesse o original aqui)

Com 4 anos de mercado, Organizze lança programa de parceiros

0
0

5571593357_c1377b338c_b

Com quatro anos no mercado e mais de 160 mil usuários cadastrados, a Organizze anunciou hoje a criação do seu programa de parceiros, referente à versão empresarial do software de gerenciamento financeiro mantido pela startup. Os parceiros poderão atuar como indicadores do serviço, bem como manutenção da carta de clientes indicada. No modelo apresentado pela companhia, as empresas interessadas em ingressar no programa receberão um selo de parceiro autorizado”, diz comunicado divulgado pela empresa.
“O momento do mercado é favorável para o desenvolvimento de negócios no setor financeiro e os parceiros terão a oportunidade de maximizar seus ganhos com uma solução de alto valor agregado e aceitação. Estamos iniciando com 5 parceiros e nossa meta é homologar 50 parceiros estratégicos até o fim de 2013.”
Terão preferência para a aceitação no programa consultores financeiros, palestrantes, contadores associados e assessorias empresariais, além de revendas de TI. Os aprovados terão apoio de marketing, comercial, técnico e um portal exclusivo para acesso à participação. A Organizze afirma que os interessados devem enviar e-mail para parceria@organizze.com.br .

Diretor nacional de startup estrangeira se sente realizado? Rodolfo Ohl responde

0
0

SurveyMonkey_Rodolfo Ohl

Rodolfo Ohl não criou a SurveyMonkey, mas vende o peixe como tal. Com uma carreira criada "quase toda" em torno do ambiente de startups, o diretor nacional da startup norte-americana afirma que se inspira quando vê pessoas avançarem em suas vidas com a ajuda dos projetos que desenvolve. "Sucesso, para mim, é ser feliz com aquilo que faz. Eu fico muito feliz em fazer parte de algo que impacta a vida de milhões de pessoas e organizações", conta. Na entrevista abaixo, saiba mais sobre a carreira de Rodolfo, seus critérios na seleção do time e dos planos da SurveyMonkey no Brasil. Leia: O que te inspira na vida e no trabalho? A minha inspiração é ver que as atividades, projetos e produtos que estou envolvido ajudam as pessoas a avançarem em suas vidas e carreiras. Procuro ter momentos felizes e de aprendizado em tudo que faço. Isso me dá muito prazer. Você lembra como foi seu primeiro contato com a tecnologia? Era fascinado por videogame quando criança. O primeiro jogo que lembro de ter jogado foi em um ZX Spectrum – um microcomputador que utilizava o cassete para rodar os programas. No final do ensino fundamental, tive acesso a um 286 e ficava super feliz quando imprimia alguns banners com a impressora matricial. O que te fez optar por fazer parte de uma startup? Como você se preparou para fazer parte do mundo empreendedor? Durante quase toda minha carreira trabalhei em ambiente de startups. Fazer as coisas com recursos limitados e ter a chance de testar novas possibilidades, acertar e errar muito e buscar incansavelmente uma atividade que possa se disseminar rapidamente, de sonhar com um projeto e vê-lo acontecendo em um curto-médio prazo é muito gratificante. Eu amo esse ambiente, pois as possibilidades são infinitas e a construção do futuro só depende de nós. Quando você começou na startup que está, qual era sua visão de sucesso? Sucesso, para mim, é ser feliz com aquilo que faz. Eu fico muito feliz em fazer parte de algo que impacta a vida de milhões de pessoas e organizações. A nossa proposta de valor aqui na SurveyMonkey é ajudá-las a tomarem melhores decisões. É muito gratificante conversar com responsáveis por importantes startups e perceber que a nossa ferramenta ajudou a definir seu modelo de negócio, a validar alguma hipótese no processo de customer development, ou mesmo ver que um gestor de recursos humanos implementou uma pesquisa de clima organizacional utilizando nosso modelo de questionário online. Cada feedback que recebemos nos motiva cada vez mais a continuarmos forte em nossa visão de futuro, que é ser a melhor plataforma global de tomada de decisões. Fazer parte de tudo isso e realizar-se pessoalmente e profissionalmente, para mim, é o que define o sucesso. No Brasil, todo mundo é meio técnico da seleção e quer escalar o time dos sonhos. Como você fez para escalar o seu time? Na minha opinião, o capital humano é o bem mais importante de uma organização. As pessoas são as responsáveis pelas criações, inovações, desenvolvimento de produtos e processos, pela definição e execução das estratégias e construção e manutenção das vantagens competitivas. Aqui na SurveyMonkey, levamos muito a sério a gestão do nosso capital humano. Procuramos atrair, selecionar, desenvolver e reter os melhores profissionais, pois uma boa contratação nos ajuda a continuarmos crescendo de forma acelerada e sustentável. Mas, além das competências técnicas e comportamentais, outro fator muito analisado é a certificação da compatibilidade dos valores do profissional com os valores da SurveyMonkey. Você gasta quanto do seu tempo com vendas? A minha missão como Country Manager da SurveyMonkey no Brasil é acelerar o crescimento da nossa base de clientes no país. Um modelo de negócios freemium como o nosso dispensa a realização da venda direta, pois é possível criar uma grande base de clientes rapidamente. E vem deles a nossa força de vendas e ações de marketing, pois quando alguma pessoa envia uma pesquisa para o público-alvo desejado, eles acabam respondendo o questionário e, no fim deste processo, aprendem mais sobre a SurveyMonkey. Muitos destes respondentes também se tornam usuários depois de conhecer a empresa e o ciclo virtuoso vai se repetindo constantemente. Para onde o mercado brasileiro vai? E as startups vão junto, vão na frente ou atrás? O Brasil é uma grande aposta da SurveyMonkey por 3 principais motivos:
  • Primeiro - somos um povo muito sociável no âmbito offline e online (visto que somos o país que fica mais tempo online no Facebook, por exemplo) – isso favorece o nosso negócio, que é extremamente relacionado a ser social (dar e receber feedback através de uma plataforma online);
  • Segundo – os fatores de mercado favoráveis, tais como perspectiva de crescimento econômico de longo prazo, grande penetração de celulares, crescimento da penetração do acesso à Internet, mercado aberto a novas ideias e soluções, entre outros.
  • Terceiro – Há um bom tempo o crescimento da nossa base de clientes no Brasil vem apresentando crescimento superior a dois dígitos altos. A participação de um dos nossos principais investidores, a Tiger Global, no mercado brasileiro, deram mais segurança em escolher o país como principal mercado internacional para investir.
Por essas razões, o Brasil foi o escolhido para ter o primeiro Country Manager da empresa para realizar investimentos diretos aqui. Acreditamos que podemos nos tornar um dos cinco maiores mercados da SurveyMonkey nos próximos dois anos. Atualmente, o país ocupa a 10ª posição em nosso ranking interno. Este é um excelente momento também para as startups locais. O número de pessoas qualificadas empreendendo, o surgimento das aceleradoras, o aumento das empresas de venture capital e private equity, a nova classe média, a maior penetração da internet e algumas iniciativas governamentais são alguns dos fatores que favorecem positivamente o mercado brasileiro. Há, no entanto, diversos desafios que ainda devem ser superados, como a escassez da mão de obra qualificada, a efetiva democratização ao acesso da internet de banda larga, a desburocratização para abertura e manutenção de uma entidade jurídica no Brasil, a ampliação dos serviços de apoio à startups a preços justos (tais como serviços jurídicos, contábeis, recrutamento e seleção etc). Temos excelentes casos de empresas locais bem sucedidas, que aproveitaram as oportunidades e servem de inspiração para a nova geração de empreendedores, como Buscapé, Mercado Livre, Locaweb, Peixe Urbano, NetShoes, Catho, Decolar.com, boo-box, Direct Talk, MinhaVida, entre outros. Você se sente realizado? já conquistou o sucesso? Sua noção de sucesso alterou conforme a sua trajetória de participação na startup? Para mim, sucesso é uma jornada e não um destino final. Fico realizado quando recebo feedback dos nossos clientes dizendo que a nossa ferramenta está ajudando a tomarem importantes decisões, quando ouço sugestões de melhorias e vejo o engajamento dos usuários e quando ganho um novo conhecimento e aprendizado sobre o que funciona e o que não funciona. Quais startups te deixam mais feliz como cliente? São inúmeras, mas estas são as 5 primeiras que me vem a cabeça: Dropbox, Evernote, Mailchimp, Peixe Urbano Delivery, Airbnb e Decolar.com. Se você fosse se tornar sócio investidor de uma startup, qual ou quais seriam elas? Eu sou fã do modelo de negócio freemium, SaaS e produtos que quando utilizado ajuda a viralizar conquistando mais e mais usuários. Um das empresas que atende estes requisitos é a MailChimp. Também outros setores que vejo muitas oportunidades interessantes mas com outros modelos de negócios: e-commerce verticalizados, marketplaces, e-learning, ferramentas online para o mercado B2B etc. Quais dicas você daria para quem está pensando em empreender uma startup?
  1. Procure algo que lhe possa trazer muito prazer em fazer, pois provavelmente passará uma grande parcela do seu dia trabalhando nisso e por muitos anos (o que se espera). A paixão ajudará a persistir nos momentos de baixa;
  2. Escolha um mercado/nicho que possa entregar algo de valor;
  3. Busque trabalhar com os melhores (fundadores, profissionais, investidores, fornecedores, parceiros etc);
  4. Antes de sair produzindo o melhor produto do mercado da noite para o dia investindo milhões e muito tempo, procure e escute os potenciais clientes, valide suas hipóteses de negócios, teste conceitos e protótipos, colete as percepções e aprenda, aprenda e aprenda. Tenha humildade para aprender com todos; e
  5. Sonhe alto e construa uma visão compartilhada de futuro com sua equipe.
LEIA AS EDIÇÕES ANTERIORES DO PING PONG  
Aviso: A ideia da coluna do Ping Pong é mudar as perguntas feitas aos empreendedores de tempos em tempos e estamos no momento de reformulação. Você tem alguma pergunta que gostaria de ver aqui? Envie sua sugestão para amanda@startupi.com.br
 

Bom vendedor é aquele que vende qualquer coisa? Startup diz que não!

0
0

3311255323_56e7b16ba8_b

Bom vendedor não é aquele que consegue vender qualquer coisa, e sim um profissional que seja alinhado com o perfil da empresa e tenha competências adequadas à natureza do que é comercializado, segundo Bruno Torres, criador do Vendoors Jobs, site de recrutamento especializado na contratação de vendedores. Bruno me contou que criou o site após ter experiências com a seleção e contratação de vendedores para as empresas que trabalhou (Groupon, iFood e OndaLocal). “Como além de fazer a contratação, eu tenho um contato direto com a produtividade do vendedor, comecei a identificar alguns pontos comuns entre o perfil da vaga e o perfil do vendedor que fazem do profissional alguém que dá resultados ou não”, conta. Foi assim que ele criou o que diz ser uma metodologia própria, que determina a “porcentagem de compatibilidade entre vaga e currículo”. “O que fazemos então é atribuir um valor em % para cada campo do cadastro do currículo, onde cada campo tem uma menor ou maior % de acordo com sua importância. A soma de todos os campos é a % de compatibilidade que o currículo tem com a vaga”, afirma o sócio.
O fundador quer diminuir o trabalho no processo seletivo e evitar a frustração de quem envia seu currículo para vagas que não são compatíveis e acaba ficando desmotivado. “Depois de cadastrar o currículo, o profissional só terá que comparecer nas entrevistas ou atualizá-lo quando necessário”, afirma Bruno. Por seu lado, o recrutador informa qual “nível de compatibilidade” deseja que o currículo do candidato tenha com a vaga.
O site também solicita informações específicas dos vendedores, como quais produtos o candidato já vendeu, se ele tem empresa aberta e se ele tem algum perfil especializado de vendas (porta em porta ou consultiva, por exemplo). O Vendoors Jobs está para completar um mês no ar e já conta com 800 currículos cadastrados, diz seu criador. A startup busca investimento para elevar esse número para 40 mil até o final de 2013. Foto: brunoccunha/Flickr (Acesse o original)

Como o Customer Development pode mudar a história de empresas e pessoas

0
0

startup weekend next brasilia

Compartilho abaixo um artigo bastante interessante, produzido e encaminhado para publicação no Startupi pelo startupeiro Roberto Braga, de Brasília.

"Na minha curta carreira empreendedora, já fui sócio de algumas startups. Por todas elas não terem alcançado o êxito que inicialmente planejei, tive identificação instantânea com as teorias de Customer Development e Lean Startup. Estariam ali os fundamentos que poderiam ter salvado minha startups do buraco.

Nesse período - coloque aí três anos - conheci boa parte da cena de empreendedorismo e startups de Brasília. Organizei por duas vezes o Startup Weekend na capital. E em diversas iniciativas (Startup Dojo, meetups, Startup Weekend, Startup Farm, Biz Model Day) discutimos a exaustão sobre como validação pode fazer startups saírem do limbo e chegarem a tração e crescimento real.

E talvez por acreditar tanto em como validar modelos de negócio é importante para uma startup eu tenha ficado tão feliz com a oportunidade que me foi dada de executar em Brasília uma versão do Startup Weekend NEXT. Idealizado por Steve Blank e executado globalmente pela rede do Startup Weekend, o NEXT tem por missão ajudar startups a descobrirem se a dor que pretendem resolver realmente exisite nos clientes em potencial. Ele é baseado na teoria Customer Development, em especial na sua primeira fase, Customer Discovery. O objetivo aqui é encontrar um problem-solution fit, em outras palavras, um problema que valha a pena de ser resolvido pela startup.

Foram 5 semanas intensas. A preparação teórica do NEXT é feita por vídeos com o próprio Blank, explorando em profundidade cada um dos blocos do Business Model Canvas. Em sala, reforçávamos essa teoria e colocamos os times para cumprir uma importante missão: "get out of the building". Na semana seguinte, os aprendizados eram comentados em grupo e a missão de sair para validar hipóteses se renovava, agora com novos aprendizados e objetivos.

O que a validação não é

Com minha experiência de startups e com a observação de outros empreendedores já observei diversas vezes como Customer Development (e Customer Discovery, sua primeira fase) são, inúmeras vezes, utilizados pelo empreendedor para enganar a si mesmo.

Ao falar com o cliente, tendemos a induzi-lo para respostas que comprovam nossas soluções já desenhadas na cabeça. O processo que deveria ser uma oportunidade para descobertas acaba se tornando um processo de venda, sem aprendizado.

Nosso primeiro desafio no NEXT foi justamente transmitir isso aos times. E nesse ponto meu parceiro de organização e instrutor do programa, Guga Gorenstein, teve um papel fundamental. Combinando as experiências de seu mestrado com os aprendizados na sua própria startup Poup, Guga propôs um método que com o decorrer do programa se mostrou muito válido para os times.

O jeito NEXT de validar startups

Segundo nosso colega da startup do simpático porquinho, uma boa entrevista de validação deve ser, na verdade, uma boa conversa com o cliente. Inclusive passamos a utilizar a palavra “conversa” para representar essas interações com o cliente.

O primeiro subsídio para uma boa entrevista é a hipótese de problema que se quer validar. Essa hipótese é a linha mestra da conversa, a essência. Se o cliente realmente tiver a dor que você supõe que ele tenha, ela vai aparecer na entrevista.

Para ajudar a fazer essa dor aparecer, Guga sugeriu o “método da sobrancelha”. Engraçado, mas bem simples: toda vez que a conversa com o empreendedor se direcionar para próximo da frase que o empreendedor quer ouvir, da dor que precisa ser validada, o entrevistador pode levantar a sobrancelha em sinal de interesse ao que foi falado. Talvez até repetir a frase que o entrevistado falou, mostrando interesse e fazendo-o explorar mais o tema.

Falar 10% do tempo, ouvir 90%. Nessa conversa, a estrela é o cliente. As intervenções do empreendedor no papo devem ser apenas para trazer o entrevistado de volta ao assunto principal. Em hipótese alguma o empreendedor deve fazer perguntas do tipo “E se existisse um produto que fizesse x, y, z, você usaria?”, onde x, y, z são as features do produto/startup que está sendo validado.

O que sugerimos às startups participantes foi que um fluxograma mental fizesse sempre parte da entrevista, onde determinada resposta do entrevistado fizesse a conversa seguir por um caminho ou outro. Deste modo ao final da entrevista fica mais fácil perceber se as hipóteses em validação foram alcançadas ou não.

Outras dica relevante é não se identificar como empreendedor, mas sim como curioso pelo tema ou pesquisador. Isso tira das pessoas a pecha de “ele quer me vender alguma coisa” e as deixa mais receptivas à conversa. Para a abordagem inicial também é legal falar que “estamos buscando os especialistas nesse assunto e chegamos até você”, já deixando claro para o cliente em potencial que ele é a estrela ali e que tem muito para contribuir.

Conversas longas e mais profundas mostram-se mais eficientes que intervenções rápidas. Peça 20, 30 minutos do tempo da pessoa. Vale mais conversar esse tempo com um cliente que realmente pode ter a dor que a startup pretende resolver que conversar rapidamente com vários clientes que ali enxergam apenas um “nice to have”.

Mão na massa

Nossas 12 startups fizeram bonito em tentar colocar isso em prática. Claro, a vontade de sair vendendo e falando sobre o produto é inerente ao bom empreendedor. Mas “praticar o desapego” à solução foi um mantra que substanciou os trabalhos do NEXT Brasília.

Nem sempre as entrevistas tem o resultado esperado. Por algumas vezes os entrevistados de nossas startups não quiseram revelar muito, geralmente quando se tratava de algo que pudesse ser um potencial concorrente. Mas, na maior parte dos casos, as entrevistas geraram grandes resultados e insights aos nossos empreendedores.

No NEXT Brasília, nossos empreendedores foram à rua 182 vezes! É muita conversa. A proposta do programa se mostrou válida nesse ponto: as entrevistas eram compartilhadas em uma plataforma online de aprendizado coletivo, onde mentores e os outros empreendedores ajudavam os times a construir os aprendizados e saber se as hipóteses iniciais estavam sendo validadas.

Uma preocupação que foi nos ocorrendo com o decorrer do programa foi de manter interesse e engajamento dos empreendedores, mesmo quando as descobertas das conversas com clientes não eram tão agradáveis de se ouvir. Isso ocorreu com vários times, por diversas vezes. O grande ponto aqui é ir até uma mudança de curso que ainda dê estímulo ao time para trabalhar.

Algumas histórias

Michael Donath é alemão. Vive no Brasil há 7 anos. Michael chegou ao NEXT com o intuito de validar a solução de um sistema para gerenciamento de “Call for Papers” para conferências científicas. Ao fazer suas validações, Michael descobriu que a dor que ele buscava resolver não existia. E foi a tempo: ele estava prestes a contratar um desenvolvedor para trabalhar a fundo neste sistema. Seria desperdício de tempo e dinheiro de nosso querido alemão.

Mas as boas notícias vão além da prevenção da perda de tempo. Michael teve bons insights que organizadores de evento tem demanda real por aplicativos que possam disponibilizar agenda e demais informações do evento. Ele agora trabalhará na validação desta nova hipótese.

Rafael Mezzomo e Vitor Fujimoto são os fundadores do Ugla, startup de Brasília que tem por missão responder à pergunta: o que fazer em Brasília hoje? Executando o negócio por mais de um ano, a dupla percebeu que estava complicado encontrar um modelo de monetização do guia de entretenimento que eles construíram.

E foi com essa motivação – encontrar um modelo de negócio para uma startup que começou como hobby – que os dois a inscreveram no NEXT. Entrevistando promotores de eventos, usuários e todos os atores envolvidos no segmento de entretenimento, o time do Ugla percebeu que o dinheiro e as oportunidades de negócio estavam nos promoters das grandes casas e na venda de ingressos.

A decisão do time foi, então, não dar continuidade à startup. O segmento que se mostrava interessante financeiramente não era um segmento prazeroso de se trabalhar, nas motivações do time. O Ugla sempre buscou trazer valor para o usuário final – e não para os organizadores de evento. O time vai se focar agora nos trabalhos com a Best Present, startup da qual também são sócios e que vem crescendo a olhos vistos e com resultados concretos.

Rodrigo Fraga, um dos fundadores do Sportin Spot, é flamenguista fanático e apaixonado por futebol. A startup nasceu do pitch de Fraga no último Startup Weekend de Brasília, acontecido em fevereiro. Lá, o empreendedor apresentou no palco a ideia de “poder tirar foto com a camisa do seu time em qualquer lugar do mundo”, um game entre torcedores fanáticos sobre levar a sua paixão nas viagens e tirar uma onda com os amigos.

Fraga recrutou um time e, durante o Weekend, a solução se tornou a “caixa de ferramentas do torcedor apaixonado”, agregando funcionalidades como descobrir que bar transmite determinado jogo de seu time, ranking de torcidas, acompanhamento lance a lance de jogos e ainda com a feature de tirar foto com a camisa do seu time pelos pontos turísticos mundiais.

Durante o NEXT o time fez uma enxurrada de entrevistas - o Sportin Spot foi o time que mais foi a campo - e, filtrando a grande quantidade de insights que recebeu, percebeu que não era possível ter um aplicativo com tantas funcionalidades. E perceberam, ufa, que tirar fotos com a camisa do seu time na Torre Eiffel não era lá o negócio mais rentável do mundo.

A dor a ser resolvida, segundo as conversas, é na verdade a fome por informação rápida e exclusiva. Os rumores sobre transferências entre jogadores, por exemplo, apareceram por diversas vezes como algo desejável pelos fanáticos por futebol. Agora é testar as novas hipóteses e continuar o trabalho de se mexer em busca de um bom problem-solution fit.

Além das histórias do Michael, do Ugla e do Sportin Spot tivemos outros nove times igualmente brilhantes! Juntos, aprendemos que validar é muito mais que soltar um formulário para os amigos no Facebook. É entrar no mundo do cliente, olhar com os olhos dele para o mundo e alinhar isso com o que podemos criar de soluções. O Customer Development - em especial sua primeira fase, o Customer Discovery - pode realmente ajudar sua startup a decolar. Acredite nisso.

É o fim da linha para o clube online de compras de moda Shoes4you

0
0

409673290_1b7770c4bc_b

Durante os últimos meses, todos os dias eu recebia no meu e-mail uma seleção de sapatos dos quais eu poderia escolher para comprar. Adorava receber as mensagens, mas nunca cheguei a fazer efetivamente uma compra e me tornar associada do clube de compras. Acho que mais meninas tinham esse comportamento de não finalizar uma compra e, infelizmente, hoje noticiamos o encerramento das atividades da Shoes4You. Fiquei sabendo da notícia pelas mensagens enviadas pela startup às clientes e o Facebook oficial da marca confirma a notícia. Procurei a assessoria de imprensa da empresa, que não divulgou nenhum comunicado oficial sobre o fim da companhia. Não faz muito tempo que o Diego publicou aqui um balanço sobre o primeiro ano da Shoes4You, completado no final de 2012. A companhia teve investimento de Accel Partners, Redpoint Ventures, Flybridge Capital Partners, IG Expansión e Romero Rodrigues (CEO do Buscapé), ao ser lançada em setembro de 2011 por Olivier Grinda. Ao fazer o balanço do primeiro ano, a startup afirmava que previa fechar 2012 com faturamento de R$ 5,5 milhões e 55 mil pares de sapato vendidos. Para 2013, a empresa se mostrava otimista com previsão de faturamento anual cinco vezes maior e a venda de 300 mil pares de sapato. A Shoes4You era um clube de compras online que vendia sapatos por R$ 99,99 pela internet. Também eram vendidas bolsas e outros acessórios, como óculos e relógios. Agora, a startup realiza uma liquidação dos produtos produzidos, por R$ 49,99. Foto: Thomas Hawk/Flickr (acesse a original)

Cartola digital: Futlog mira na gestão de campeonatos de futebol

0
0

306483007_608f1488d7_b

Foi ao ar neste mês de abril a versão beta da Futlog.net, uma plataforma online de gestão de campeonatos de futebol criada por Leonardo Leites, Ricardo Moreira e Diego Alves. A ideia dos empreendedores é substituir os papeis e planilhas usadas com frequência e permitir que os atletas tenham acesso aos dados do campeonato a qualquer hora e lugar. Segundo os fundadores, são dois os tipos principais de público da companhia: praticantes do esporte e agências e entidades que precisam gerenciar torneios para clientes, funcionários e associados. “A maior parte dos nossos visitantes são atletas que consultam as tabelas, jogos e estatísticas dos campeonatos que estão participando”, informa o comunicado. Além de permitir a gestão dos campeonatos, o sistema permite que times e jogadores criem páginas próprias para divulgar estatísticas e compartilhar informações com redes sociais. “É possível incluir fotos e vídeos das partidas e compartilhar as páginas dos perfis atraindo atletas, familiares, amigos e curiosos”, afirma Leonardo Leites, cofundador do site, segundo o comunicado. Os três fundadores contam que tiveram a ideia de criar o produto a partir de um problema próprio, já que participavam de vários torneios de futebol. Eles fizeram um investimento próprio no sistema e estão testando diferentes modelos de receita, incluindo a contratação de planos pagos, publicidade e patrocínio a campeonatos específicos e um e-commerce para os atletas. Foto: ßッ/Flickr (acesse o original)

Ao vivo: assista aqui ao Business Design Summit com Osterwalder e Blank

0
0

business_design

Hoje e amanhã, uma série de expoentes de negócios, gestão e inovação estão reunidos em Berlim para uma série de oficinas e apresentações sobre Design de Negócios. Entre os feras, o criador o canvas de geração de modelo de negócios Alexander Osterwalder, o empreendedor e professor número 1 das startups Steve Blank e o consultor de inovação aberta Henry Chesbrough - mais uma série de outros caras fortes. Veja abaixo a transmissão ao vivo, e abaixo, a programação.

Crowdfunding quer trazer a genética pra perto do cidadão comum

0
0

2073342439_cfecc98a58_b

Se você é como eu, apenas uma pessoa comum que não faz pesquisa científica de alta tecnologia com frequência, os estudos da área de genética devem parecem fascinantes... mas bem distantes da realidade. A Beagle Bioinformática, empresa paraibana acelerada no Start-Up Chile, quer mudar essa questão. A Beagle anunciou o lançamento do Dodo Genetics Crowdfunding, um site de crowdfunding que permitirá que qualquer cidadão financie projetos de pesquisa na área de genética. O projeto também permitirá que qualquer pesquisador inscreva seu projeto e tente fazer a captação do financiamento coletivo –o site ainda não está no ar, mas eles pedem que os interessados enviem mensagens para info@dodofunding.com. Segundo Vinícius Maracaja-Coutinho, fundador da empresa, outros projetos de crowdfunding ligados a pesquisas científicas em geral já mostraram que a curiosidade das pessoas comuns fazem com que elas doem dinheiro para estudos do tipo. “É possível criar novas formas eficientes de financiamento que não apenas ligados ao governo e a poucas grandes empresas”, acrescentou Vinícius. O pessoal da Dodo lembra que a pesquisa em genética está no cerne de grandes questões da saúde humana e do meio ambiente, incluindo a criação de novos medicamentos para doenças como a diabetes e o câncer. Você colocaria seu dinheiro para ajudar um pesquisador que quer trabalhar nisso? Eu colocaria. Foto: net_efekt/Flickr (acesse o original)
Viewing all 15477 articles
Browse latest View live




Latest Images